Oxigenoterapia hiperbárica como tratamento adjuvante para infecção esternal e osteomielite após esternotomia e cirurgia cardiotorácica

Um estudo muito interessante realizado pelos pesquisadores Wen-Kuang Yu, Yen-Wen Chen, Huei-Guan Shie, Te-Cheng Lien, Hsin-Kuo Kao e Jia-Horng Wang, publicado no Journal of Cardiothoracic Surgery nos mostra os benefícios da oxigenoterapia hiperbárica para quadros de infecção esternal e osteomielite após esternotomia mediana.

Os estudiosos realizaram uma análise retrospectiva de pacientes que receberam esternotomia e cirurgia cardiotorácica e desenvolveram infecção esternal e osteomielite. Doze pacientes que receberam desbridamento e tratamento antibiótico foram selecionados, e seis deles receberam terapia adicional com HBO2. Com isso, eles notaram que a terapia com OHB não causou nenhuma complicação relacionada ao tratamento que os pacientes vinham recebendo, portanto não atrapalhou como tratamento adicional. As comparações dos dados entre os dois grupos de estudo revelaram que o tempo de permanência na UTI (de 8,7 a 2,7 dias vs. de 48,8 a 10,5 dias), tempo de invasão (de 4 a 1,5 dias vs. de 34,8 a 8,3 dias) e ventilação com pressão positiva não invasiva (de 4 a 1,9 dias vs. de 22,3 a 6,2 dias) foram muito menores em pacientes que tinham coma terapia adicional a OHB, quando comparados com pacientes sem terapia com OHB. A mortalidade hospitalar também foi significativamente menor em pacientes que receberam oxigenoterapia hiperbárica (0 caso vs. 3 casos), em comparação com pacientes sem a terapia.

Eles concluíram, portanto, que além do tratamento primário com desbridamento e uso de antibióticos, a oxigenoterapia hiperbárica pode ser usada como um tratamento coadjuvante e seguro para melhorar os resultados clínicos em pacientes com infecção esternal e osteomielite após esternotomia e cirurgia cardiotorácica.

Assim, vemos a importância e os grandes benefícios que a oxigenoterapia pode trazer até em casos mais complexos, reduzindo o tempo de tratamento, portanto reduzindo também o tempo de sofrimento do paciente, diminuindo custos e riscos.

 

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