Author Archives: Priscilla Figueiredo

Marc Jacobs usa oxigenoterapia hiperbárica de forma a acelerar recuperação de tratamento facial

Marc Jacobs é um famoso estilista americano, que já comandou por 16 anos a criação artística da Louis Vitton e hoje tem sua própria marca, de muito sucesso.

Agora, aos 58 anos de idade Marc resolveu se submeter a um tratamento estético facial chamado lifting. O lifting facial, também chamado de ritidoplastia, é um procedimento que costuma ser realizado objetivando a diminuição das rugas do rosto e pescoço, além de reduzir a flacidez da pele e remover o excesso de gordura do rosto. O objetivo final é conseguir uma aparência mais jovem e bonita.

Mas tais tratamentos podem apresentar complicações, e as chances são maiores conforme a idade do paciente avança.

Por esse motivo, Marc Jacobs e seu médico optaram por utilizar a oxigenoterapia hiperbárica de forma preventiva. Ele postou uma foto realizando o tratamento em seu Instagram e a notícia começou a circular.

 

O tratamento da OHB acelera a circulação e aumenta a oxigenação nos tecidos. Quando feito antes e após um tratamento invasivo, como um procedimento estético ou uma cirurgia, o tratamento reduz consideravelmente as chances de quaisquer complicações.

É por isso que alguns médicos e pacientes optam por associar o tratamento ao procedimento já de forma preventiva, como foi o caso de Marc Jacobs.

Imagem: reprodução / Instagram

OHB no tratamento de crianças com dermatite atópica grave

Um estudo realizado na Polônia objetivou avaliar os efeitos do tratamento com Oxigenoterapia Hiperbárica (OHB) para casos graves de dermatite atópica (DA) em crianças. Um total de 15 crianças com DA grave foram submetidas à terapia de OHB.

A dermatite atópica (DA) é uma doença inflamatória crônica da pele com períodos de exacerbação e remissão associados à disfunção da barreira cutânea. Uma característica típica dessa dermatose crônica é a morfologia e localização características das lesões cutâneas, prurido persistente e recorrente, além da liquenificação da pele. No curso da doença, a qualidade de vida diminui significativamente. A dermatite atópica geralmente se desenvolve na primeira infância, antes dos um ano de idade. Em 45% dos casos de DA, os primeiros sintomas ocorrem antes dos seis meses de idade. A patogênese da doença é complexa e não totalmente compreendida.

Um possível método de tratamento da dermatite atópica é a Oxigenoterapia Hiperbárica (OHB). Embora os resultados dos inúmeros estudos possibilitem seu amplo uso na medicina, há poucos relatos sobre seu uso em crianças com DA. Assim, a pesquisa procurou avaliar a eficácia da (OHB) no tratamento da DA grave em crianças.

Um total de 15 crianças com dermatite atópica grave (8 meninos e 7 meninas, com idades entre 3-16 anos) foram incluídos no estudo. A DA foi confirmada pelos resultados positivos de um teste cutâneo de picada em todos os participantes. A cada vez, antes da qualificação da criança para o tratamento com OHB, eram realizados anamnese e exames físicos completos.

Durante o período de tratamento da OHB, os pacientes usaram apenas tratamentos tópicos de cuidados com a pele e ingestão de anti-histamínicos para redução da sensação de coceira. Todos os pacientes completaram um ciclo de tratamento de 30 dias.

Como resultado, os pesquisadores identificarem que o uso de OHB em crianças com curso grave de dermatite atópica tem impacto positivo nos resultados do tratamento dessa doença. Reduz a gravidade das lesões cutâneas, bem como a sua secura, a presença de vermelhidão, inchaço, exsudação / crostas, marcas de arranhões e liquenificação. A OHB tem um efeito positivo na redução da intensidade do prurido e melhora a qualidade do sono em pacientes com DA grave. Isso tem um impacto significativo na melhoria da qualidade de vida desses pacientes. Portanto, concluíram que a Oxigenoterapia Hiperbárica pode ser uma opção terapêutica para alguns pacientes com dermatite atópica, especialmente em casos graves que são resistentes aos métodos padrão de tratamento.

 

Fonte: IBEPMH

Estudo original em inglês aqui.

Oxigenoterapia Hiperbárica e a doença de Crohn

Uma pesquisa realizada na Holanda avaliou a eficácia, a segurança e a viabilidade do tratamento com Oxigenoterapia Hiperbárica (OHB) em pacientes com doença de Crohn com fístulas perianais refratárias à terapia.

As fístulas perianais são complicações comuns na doença de Crohn. A cada três pacientes, pelo menos um desenvolve um episódio de fistulização durante o curso da doença. As manifestações clínicas podem ser descarga indolor de fístula até a formação de abscesso acompanhada de sepse pélvica. O fechamento espontâneo da fístula é raro e a maioria dos pacientes precisa de intervenção médica e / ou cirúrgica.

Sabendo disso, esse estudo foi conduzido no Amsterdam University Medical Center (UMC) em Amsterdã (Holanda). Foram recrutados pacientes com mais de 18 anos com diagnóstico confirmado de doença de Crohn, com uma ou mais fístulas perianais. Houve o grupo que se submeteu a OHB (oxigenoterapia hiperbárica) e um grupo de controle, consistindo nos pacientes que não se submeteram à oxigenoterapia hiperbárica, mas fizeram os tratamentos convencionais.

Os pacientes foram submetidos à 40 sessões diárias de OHB, durante o período de 8 semanas e o resultado encontrado foi que houve melhora significativa, com 65% dos pacientes submetidos ao tratamento tendo uma doença perianal inativa após o tratamento.
Com base nessas observações, o estudo concluiu que esta abordagem de tratamento é viável para pacientes com doença de Crohn com fístulas refratárias à terapia.

Fonte e mais informações sobre o estudo: IBEPMH

Oxigenoterapia hiperbárica diminui a mortalidade por gangrena de Fournier

Uma pesquisada publicada nesse ano, realizada por pesquisadores da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo, mostrou, através de um estudo comparativo retrospectivo, o papel importante que a oxigenoterapia hiperbárica (OHB) tem na redução de mortalidade por Gangrena de Fournier.

O estudo objetivava comparar a evolução de pacientes com Gangrena de Fournier tratados com as medidas clássicas com pacientes que foram tratados com essas medidas e ainda associaram a OHB.

O comparativo retrospectivo da evolução dos pacientes tratados por gangrena de Fournier teve duas amostras de períodos. No período I, de 1990 a 2002, os pacientes receberam tratamento padrão para gangrena de Fournier, que consistia em desbridamento cirúrgico, antibioticoterapia e terapia intensiva. Enquanto no segundo período, que se deu de 2012 a 2019, a OHB adjunta foi somada à estratégia de gestão clássica. Para melhor comparação, os pacientes foram também divididos em quatro grupos de acordo com a classificação anatômica da gravidade e a área acometida após o primeiro desbridamento. O número total de pacientes analisados foi de 197, e esses pacientes foram divididos em grupo controle (118 / 59,9%) e grupo OHB (79 / 40,1%). É importante ressaltar que a média de idade, comorbidades e classificação de gravidade anatômica também foram semelhantes entre os dois grupos.

O resultado encontrado pelos pesquisadores foi que no período I, 34 de 118 (28,8%) pacientes morreram, enquanto no grupo que fez a OHB, apenas 3 de 77 (3,7%) pacientes morreram.

O estudo concluiu que o uso de OHB adjuvante em combinação com o tratamento clássico foi associado à redução da mortalidade.

Fonte: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/33642333/     

Referência: Feres O, Feitosa MR, Ribeiro da Rocha JJ, Miranda JM, Dos Santos LE, Féres AC, de Camargo HP, Parra RS. Hyperbaric oxygen therapy decreases mortality due to Fournier’s gangrene: a retrospective comparative study. Med Gas Res. 2021 Jan-Mar;11(1):18-23.

Oxigenoterapia Hiperbárica em complicação pós cirurgia estética: o caso da modelo Tati Minerato

Tati Minerato, modelo e musa da águia de ouro, já havia passado por cirurgia estéticas antes. Mas no ano de 2020 resolveu trocar suas próteses de silicone de 500ml para 650ml e aproveitou para fazer uma microlipo nas costas. Porém, teve complicações pós cirúrgicas na região.

Depois de alguns dias da cirurgia, os pontos se abriram e começou um processo inflamatório. Imediatamente, corri no consultório para suturar o corte e comecei um ciclo de medicação oral que não adiantou. Tive muita dor e febre de 39 graus por isso minha mãe correu comigo para o pronto socorro (…) Quando cheguei no pronto-socorro a maior preocupação dos médicos era que eu entrasse em sepse (inflamação generalizada).”, contou a modelo.

Já liberada do hospital, Tati iniciou a OHB, fazendo dez sessões para agilizar a cicatrização. “Agora sigo o tratamento com medicação oral por mais alguns dias e iniciei tratamento com Oxigenoterapia Hiperbárica para a cicatrização e combate a infecção”, explicou.

Mesmo estando melhor, Tati Minerato ficou com medo de novos procedimentos: “Aprendi que absolutamente nada vale a pena se você não tiver saúde! Temos que cuidar muito bem do corpo que Deus nos emprestou com tanto amor para que podemos evoluir na Terra. Não pretendo fazer mais nada.”

Hoje, depois de realizar os tratamentos adequadamente, a modelo está bem e voltou a suas atividades.

 

Fonte e imagem: Globo.com