Author Archives: Priscilla Figueiredo

Relato De Uma Paciente Que Fez Tratamento Com Oxigenoterapia Hiperbárica

Nesse ano, a Jornalista de Viagem, Priscilla Aguiar, estava com viagem marcada para Portugal, mas ao fazer um procedimento estético passou por complicações que colocaram sua saúde em risco. Nisso tudo se viu na necessidade de fazer o tratamento com a Oxigenoterapia hiperbárica, que até então ela nunca havia ouvido falar. A partir da experiência, Priscilla fez um relato do que passou. Leia a seguir alguns trechos de seu relato.

Perdi a viagem e tive o nariz necrosado, mas resgatei a minha fé na humanidade. Fui internada com necrose de 1,3 cm na ponta do nariz, 0,9 cm à direita e 1 cm à esquerda no domingo, 29 de abril, um pouco mais de dois dias após um preenchimento com ácido hialurônico, procedimento conhecido como rinomodelação e feito em uma biomédica esteta com clínica em Olinda, na Região Metropolitana do Recife (RMR).

Entrei sem previsão de alta. Passei 12 dias no quarto 417 do Esperança Olinda. Perdi a minha tão planejada viagem para a Europa, mas sou grata por ainda ter a minha visão e tempo de vida para retomar esses planos.

Pois é. Preenchimentos têm se transformado em prática diária, mas complicações podem acontecer, como necrose de nariz, AVC e cegueira. Os médicos que me atenderam explicaram que o ácido foi aplicado em um vaso importante, que tem ligação com o cérebro e o olho. Com isso, ocorreu uma oclusão arterial. O problema não foi identificado pela profissional e evoluiu para a necrose.

O internamento foi solicitado logo após a minha entrada na urgência com taxas no limite da infecção. A direção da Rede D’or contratou a dermatologista Gleyce Fortaleza, referência em preenchimentos e tratamentos faciais, para reverter o quadro. Ela iniciou o tratamento pela aplicação da Hialuronidase, enzima que quebra o feito do ácido hialurônico. Desde então, evoluímos um pouco a cada dia.

No dia 2 de maio comecei a oxigenoterapia hiperbárica, tratamento que me ajudou tanto, acelerando a cicatrização e fazendo algumas regiões de necrose serem restauradas. Recebi alta hospitalar mas segui em tratamento intenso com uso de antibióticos.

Neste caminho reencontrei amigos, conheci várias pessoas e recebi diariamente várias injeções de ânimo, afeto, força e carinho de quem encontrava. Cada um com um pequeno gesto, iluminava os meus dias de alguma forma.

Sobre a Câmara hiperbárica

Cada dia dessa “vida de paciente” parece repleto de ironias e surpresas. Dez anos de jornalismo, contato com tudo que se possa imaginar, mas nunca ouvi falar em Oxigenoterapia Hiperbáricaaté precisar. Cantarolei Beatles, trocando yellow por white submarine. But no one of my friends were on board. Vesti a roupa e entrei na câmara hermeticamente fechada onde outras mulheres estavam acomodadas.

Observei máscaras de oxigênio. Avisaram que enfrentaríamos a pressão maior do que a atmosférica, chegando até 14. O tratamento é para feridas de difícil cicatrização. Ao me avaliar, o médico disse que iria ficar bem. Comecei a chorar de pânico e frustração – afinal eu deveria estar em um avião em direção a Berlin – quando a enfermeira disse que me tiraria da câmara. Uma mulher sentada no canto direito pediu. “Deixa ela tentar a última vez, está tão perto”. Não tinha amigos nem família ali, mas vários seres humanos incríveis me deram exatamente o suporte que precisava naquele momento. E só consegui por causa delas. De lá para cá, as sessões foram concluídas com resultados impressionantes, curando quase “magicamente”. E como elas disseram, tudo melhorou.

Justiça determinou sequestro de dinheiro para custear tratamento hiperbárico

Em setembro desse ano um caso relevante aconteceu em nosso país. A Vara da Secretaria da Fazenda do Estado para custear o tratamento de Oxigenoterapia Hiperbárica a um paciente que luta há mais de dois anos pelos procedimentos.

A decisão foi do juiz José Daniel Dinis Gonçalves, que em abril do ano passado havia determinado que o tratamento fosse oferecido e isso não foi cumprido.

O autor da ação, o advogado Renato Sedlacek, explicou ao jornal Folha da Região, que com a nova decisão, o paciente pode retirar o dinheiro no banco para pagar pelas sessões em uma clínica particular e apresentar em juízo o comprovante de pagamento.

Esse caso, muito interessante, nos mostra os avanços que os pacientes conquistam em direção ao direito de uso da medicina hiperbárica, tão eficaz em diversos quadros.

 

Sus Libera Oxigenoterapia Hiperbárica Para Pé Diabético

O pé diabético é um quadro muito comum entre os diabéticos. Esse quadro tem prevalência na classe média e baixa, atingindo pessoas que tem dificuldade de manter um cuidado regrado da diabetes por conta da rotina e diversos outros fatores. Dentre os tratamentos para essa condição, a oxigenoterapia hiperbárica é um dos mais recomendados e efetivos, tendo altíssimas taxas de sucesso no tratamento. Infelizmente até pouco tempo atrás esse tratamento era restrito a quem podia pagá-lo no particular ou através de planos de saúde. E essa é a boa notícia de 2018. No final de outubro foi liberado o tratamento de Oxigenoterapia Hiperbárica para pé diabético através do SUS. Isso é um grande marco que deixa mais acessível a toda a população um tratamento tão importante.

Segue abaixo o que foi anunciado no Diário Oficial da União no final de outubro:

Órgão: Ministério da Saúde/Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos

PORTARIA Nº 55, DE 24 DE OUTUBRO DE 2018

Torna pública a decisão de incorporar a oxigenoterapia hiperbárica para o tratamento do pé diabético no âmbito do Sistema Único de Saúde – SUS.

O SECRETÁRIO DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INSUMOS ESTRATÉGICOS DO MINISTÉRIO DA SAÚDE, no uso de suas atribuições legais e com base nos termos dos art. 20 e art. 23 do Decreto 7.646, de 21 de dezembro de 2011, resolve:

Art. 1º Fica incorporada a oxigenoterapia hiperbárica para o tratamento do pé diabético, sem a criação de procedimento específico e sem custo adicional para o Sistema Único de Saúde – SUS.

Art. 2º Conforme determina o art. 25 do Decreto 7.646/2011, o prazo máximo para efetivar a oferta ao SUS é de cento e oitenta dias.

Art. 3º O relatório de recomendação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (CONITEC) sobre essa tecnologia estará disponível no endereço eletrônico: http://conitec.gov.br.

Art. 4º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

Oxigenoterapia Hiperbárica No Tratamento Da Fibromialgia

Esse ano saiu em um site de saúde americano uma notícia sobre o tratamento de oxigenoterapia hiperbárica para pessoas que sofrem de fibromialgia. Decidimos então traduzir a matéria aqui para vocês.

Segue:

Ao longo da história da Fibromialgia, esta doença tem sido estranhamente difícil de identificar e analisar com base no fato de que ela aparece, à primeira vista, como algo diferente. Talvez seus sintomas, incluindo dor musculoesquelética, fadiga, alterações de humor e perda de memória, sejam genuinamente comuns.

Para se ter noção, 1 em cada 70 pessoas nos EUA tem fibromialgia.

No entanto, há notícias impressionantes para todos nós. Para aqueles que têm esta condição horrível, o tratamento com oxigênio hiperbárico fez um desvio mudando o terreno da medicina. Pesquisas mostram que os que tentaram tratamentos de oxigênio hiperbárico foram capazes de reduzir ou eliminar completamente suas necessidades de medicação para a dor.

Conforme a crença dos pesquisadores, a principal causa da fibromialgia é uma perturbação dos mecanismos cerebrais responsáveis ​​pelo processamento da dor.

“Para mim, como médico, o achado mais importante é que 70% dos pacientes poderiam se recuperar dos sintomas da fibromialgia. Para o mundo da pesquisa, o resultado mais surpreendente, no entanto, é que fomos capazes de mapear as regiões do cérebro com problemas de funcionamento responsáveis ​​pela síndrome. A ingestão de medicação para dor que eles estavam tomando facilitou a dor, mas não reverteu a condição. Mas o tratamento com oxigênio hiperbárico, além de aplacar a dor, realmente reverte a condição.

 

Matéria Original

Diabetes foi a causa de 12.748 amputações só no Brasil no ano de 2017

O diabetes é uma condição bastante conhecida por nós. Mas muitos não conhecem as graves consequências do mal cuidado dessa doença. O assessor de Gestão Interinstitucional da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV) Eliud Garcia afirma que o diabetes é a maior causa de amputação dos membros inferiores, a maior causa de cegueira e a segunda maior causa de insuficiência renal no mundo. E os números são altos, só no Brasil foram registradas 11.580 amputações por causa do diabetes em 2016, 12.748 amputações em 2017 e em 2018, só até o mês de agosto, foram registradas 5.566 amputações decorrentes do diabetes. Isso, além de causar muito sofrimento a diversas pessoas, tem um custo altíssimo ao governo. Que em 2017 teve que gastar quase 15 milhões de reais só para cuidar disso.

Mas existe como diminuir esses números? Sim! A primeira coisa são programas de prevenção e conscientização. Muitas pessoas chegam em estados graves por não ter conhecimentos mais aprofundados do diabetes, por isso é importante que todo diabético tenha fácil acesso a conhecimento e informações sobre sua condição, para poder cuidar de sua saúde.

Mas quando o caso já estiver mais grave. Existe a Oxigenoterapia Hiperbárica. Complicação em membros inferiores por conta de diabetes é o caso mais comum nas clínicas que possuem esse tratamento e também o mais bem sucedido em sua melhora, se o tempo de início for adequado. O tratamento reverte rapidamente o quadro, evitando amputações que podem mudar a vida do paciente e de seus familiares e economizando muito dinheiro para o governo e para as famílias. Com uma boa prevenção e com a ação do tratamento de oxigenoterapia hiperbárica nos casos necessários, esses números de amputações podem cair em até 80% ou mais.

 

 

 

Fonte