Author Archives: Priscilla Figueiredo

Oxigenoterapia Hiperbárica para Atletas

Ainda estamos em nossa série de posts para falar de forma simples e rápida sobre a terapia hiperbárica. Se quiser acompanhar os posts anteriores, já falamos sobre O que é a Oxigenoterapia Hiperbárica, Porque ela funciona, Como e quando fazer o tratamento e quais as indicações. Para ler os posts, pasta clicar nesses links.

Hoje falaremos sobre uma coisa que nos questionam muito:

A Oxigenoterapia Hiperbárica para atletas

 

 

Sim, a notícia é boa para os atletas e para quem pratica esportes. O tratamento pode ser usado para lidar com lesões de atletas. Um grande estudo japonês de 2015 comprovou grandes diferenças decorrentes da utilização da oxigenoterapia hiperbáricas, tanto na melhora da lesão quanto na diminuição do tempo de recuperação. O médico responsável pelo estudo propôs ainda que fossem criados centros hiperbáricos em todas as vilas olímpicas e nos países cede das copas de grandes esportes pelo mundo. Os praticantes de esportes, com auxílio da terapia hiperbárica, terão suas capacidades funcionais e estamina melhorados. A notícia também é boa para os que buscam manter a aparência. Este é o melhor, mais rápido e mais efetivo tratamento para complicações e infecções cirúrgicas, principalmente cirurgias estéticas. No caso de úlceras de pressão e queimaduras há também uma grande melhora no efeito estético final.

Nesses casos, é complicado falarmos de forma abrangente, pois cada quadro é um quadro. Mas é claro que se você quiser saber mais sobre o seu caso, converse com seu médico ou entre em contato com a gente para tirar suas dúvidas.

Oxigenoterapia Hiperbárica Para O Tratamento Da Perda Auditiva Súbita Refratária

 

Um estudo publicado em fevereiro desse ano no Brazilian Journal of Otorhinolaryngology fala sobre os benefícios da Oxigenoterapia Hiperbárica para o tratamento de Perda Auditiva Súbita Refratária.

Oxigenoterapia Hiperbárica Para O Tratamento Da Perda Auditiva Súbita Refratária

Segundo os autores,

“A definição de perda auditiva neurossensorial súbita (PANSS) mais amplamente aceita é de uma perda de audição de 30 dB ou mais por pelo menos três dias, em três frequências consecutivas. Trata-se de uma emergência otológica que requer tratamento urgente. As etiologias sugeridas mais comuns são fístulas perilinfáticas, infecções virais, insuficiência vascular e doenças autoimunes.”

Nesses casos, os tratamentos mais comuns são feitos com corticoides sistêmicos, que aumentam a taxa de recuperação de 32% para 65%. O problema é que depois desse tratamento sistêmico inicial, cerca de 30 a 50% dos pacientes não apresentam mais uma resposta inicial ao tratamento. É aí que entra o que é chamado de terapias de resgate.

Uma dessas terapias de resgate é conhecida como CIT, são os corticosteroides intratimpânicos, que atualmente tem se tornado uma das opções de tratamento mais recomendadas nesses casos. A outra terapia de resgate é justamente a Oxigenoterapia Hiperbárica, que é usada para esses fins desde 1970 e estudos recentes demonstram sua eficácia como tratamento de resgate em paciente com PANSS. Porém, infelizmente ainda existe muita controvérsia sobre o melhor tipo de tratamento para esses casos.

 

Para entender melhor a eficácia desses tratamentos, os autores submeteram 57 pacientes sob tais tratamentos, com consentimento dos mesmos, para identificar se os resultados seriam positivos. Desses 57, apenas 27 pacientes fizeram uso do tratamento hiperbárico, mas os resultados da amostra, por mais que reduzida, foram bons. Os autores revelam “A média de audiometria tonal do grupo foi 60,59 ± 22,75 antes do tratamento e 47,78 ± 24,43 depois. O ganho médio foi de 12,81 ± 13,31 e a variação no EDF foi de 8,59 ± 16,14”.

Os autores concluíram, portanto, que os tratamento apresentaram mecanismos diferentes. O tratamento com CIT reduz a inflamação na orelha interna, enquanto a oxigenoterapia hiperbárica aumenta a concentração de oxigênio na orelha interna com a difusão do sangue, ajudando assim na recuperação dos elementos sensoriais afetados.

 

Referência: Gülüstan F, Yazıcı ZM, Alakhras WM, Erdur O, Acipayam H, Kufeciler L, et al. Intratympanic steroid injection and hyperbaric oxygen therapy for the treatment of refractory sudden hearing loss. Braz J Otorhinolaryngol. 2018;84:28-33.

Se quiser ler o artigo completo, é só clicar aqui.

Quais as indicações de oxigenoterapia hiperbárica?

Já faz alguns posts que estamos falando brevemente e de maneira simples sobre a Medicina Hiperbárica. O objetivo é tirar algumas dúvidas mais frequentes daqueles que ouviram falar sobre o tratamento mas não o conhecem tão bem. Se você quiser ler os outros posts, já falamos sobre O que é a Oxigenoterapia Hiperbárica, sobre o Porque que ela Funciona e também sobre em que momento se deve fazer o tratamento. Caso queira ler esses posts, é só clicar nos links.

Mas vamos ao assunto de hoje. Uma das coisas que mais nos perguntam se refere as indicações para terapia hiperbárica. E aí, quais são as indicações para esse tratamento?

 

 

Quais as indicações de OTH (Oxigenoterapia Hiperbárica)?

 

Infelizmente, esse não é um tema fácil de simples de se abordar. Sabemos que isso causa angústia aos pacientes que buscam um tratamento para esse ou aquele problema de saúde, mas, no geral, o uso da hiperbárica segue protocolos de indicação que são extensos. Seria difícil falar aqui sobre todas as indicações, mas vamos tentar abordar o assunto de maneira satisfatória. É importante dizer que para tratamento de quadros que não estejam nos protocolos, o uso da câmara hiperbárica depende do reconhecimento por parte do médico de processos que devem ser revertidos mesmo que o caso não esteja especificado nos protocolos.

Mas vamos lá, no Brasil estão reconhecidas oficialmente algumas indicações, dentre elas o pé diabético, síndrome de fournier e etc. Dentre esses, as feridas de membros inferiores (diabetes, insuficiências vasculares, úlceras de pressão e etc), os traumas complexos, as osteomielites e as complicações cirúrgicas são, disparadas, as patologias mais comuns no tratamento e também mais eficazes. Há esperança também para o caso de feridas crônicas, que estão há anos sem cicatrizar, nesses quadros, há um sistema autossustentável de deficiências do corpo, que deixa o organismo incapaz de reconhecer, acessar e lidar com o problema. Com o tratamento, depois de instaurados os processos da oxigenoterapia hiperbárica, cria-se um novo arsenal para lidar com o problema.

Esperamos ter ajudado com essa breve explicação, mas é claro que se você tiver uma dúvida específica sobre seu quadro você pode ligar em nossa clínica e falar com nossos especialistas.

Como e quando fazer a Oxigenoterapia Hiperbárica?

Como vocês já devem saber, estamos fazendo uma série de artigos rápidos explicando a medicina hiperbárica de forma simples. Já falamos sobre O que é a Oxigenoterapia Hiperbárica e Porque ela funciona. Hoje, vamos falar sobre quando fazer.

 

Como e quando fazer a Oxigenoterapia Hiperbárica?

Em geral, o tratamento deve ser iniciado o mais cedo possível, ou seja, assim que for feito o diagnóstico e reconhecido que a terapia hiperbárica pode ajudar nesse caso. Porém, em casos de manipulações cirúrgicas em tecidos doentes ou lesionados (por radiação da radioterapia, por exemplo) é ideal que o tratamento seja iniciado até antes do procedimento principal, preparando o corpo para que o procedimento tenha mais eficácia.

O tratamento é sistêmico, ou seja, cuida do sistema, altera a logística e o funcionamento dos processos corporais para melhor. Com isso, não há necessidade de expor a ferida e nem manipulá-la, o que é muito reconfortante para pacientes que sofrem de lesões dolorosas, como queimaduras e traumas. Nesse sentido, não há necessidade de esperar um momento em que a lesão possa ser manipulada. Como dito anteriormente, quando antes o tratamento for iniciado, melhor para a recuperação.

Apesar de os resultados variarem a cada caso e paciente, no geral os resultados começam a ser obtidos rapidamente, a partir da quinta sessão você já vê melhoras em quadros simples e para casos mais complexos e graves por volta de noventa sessões. Claro que isso não significa que apenas cinco sessões resolverão o problema. É importante fazer o tratamento por completo para que não haja um retrocesso no processo de cura. Independentemente do tempo de cada quadro, a terapia hiperbárica é o tratamento que proporciona a resposta terapêutica mais rápida entre os disponíveis.

O tratamento é para todos. As contraindicações são poucas e muito específicas, no caso de lesões agudas e abertas nos tímpanos ou caixa torácica, ou utilização de algumas drogas específicas da quimioterapia. Além disso, gravidas devem consultar com o médico e em outros casos mais delicados é necessário avaliar o risco-benefício.

Por que a Oxigenoterapia Hiperbárica funciona?

Continuando nossa série de posts rápidos falando sobre a Oxigenoterapia Hiperbárica, hoje vamos explicar de forma simples o porque desse tratamento ser tão eficaz. Se você ainda não viu, aqui explicamos, também de forma simples e rápida, o que é a oxigenoterapia hiperbárica.

Porque a Terapia Hiperbárica funciona?

O tratamento é tão eficaz porque a pressão atmosférica alcança respostas corporais mais eficazes e, com o auxílio do oxigênio a 100%, há uma melhora na circulação sanguínea e na quantidade de oxigênio transportada pelo sangue (até 20 vezes maior). Isso quer dizer que a circulação alcança lugares mais difíceis de serem alcançados (como ossos) e há uma grande quantidade de oxigênio entregue a esses tecidos empobrecidos desse gás. Com isso, há aumento nos processos ativos das células, o que facilita reparação e cicatrizações de tecidos e combate a colonizações, infecções e etc., inclusive dos tecidos mais difíceis, fazendo os resultados serem expressivos, com altos índices de eficácia. Assim sendo, funciona porque muitas vezes nosso corpo é incapaz de lidar sozinho com o que está passando, então a oxigenoterapia hiperbárica é muito competente em auxiliar o corpo e potencializa-lo para que ele possa lidar com o processo em questão.