Câmara Hiperbárica ajuda bombeiros de SC em resgates

Desde maio desse ano o corpo de bombeiros de Santa Catarina conta com uma câmara hiperbárica para auxiliar nos resgates. O equipamento foi adquirido com recursos do Pacto Santa Catarina, e já é usado pelos Bombeiros Militares. A câmara e seus aparates foram montados dentro de um contêiner, possibilitando assim fácil transporte até as cenas de ocorrência. Isso é inédito no Brasil e se mostra muito importante porque pode auxiliar tanto vítimas quanto os próprios bombeiros que venham a se expor de forma excessiva ao monóxido de carbono em incêndios.

O Comandante-Geral da corporação, coronel BM João Valério Borges diz que o Corpo de Bombeiros Militar da um importante passo na eficiência e qualidade do serviço prestado à população. “Com o treinamento dos Bombeiros Militares para uso do equipamento, conseguimos melhorar ainda mais as possibilidades de cumprir com êxito a missão institucional de salvar vidas, proporcionando um tratamento de primeiro-mundo depois da retirada de uma pessoa de uma cena de incêndio, por exemplo”.

O Tenente-Coronel BM Helton de Souza Zeferino explica que o equipamento também serve para uso em treinamento e seleção de profissionais para a área de mergulho. “O equipamento possibilita a submissão dos profissionais a condições de pressão e de oxigenioterapia adequadas ao restabelecimento das condições físicas e de saúde para atuação em mergulhos, o que representa também um incremento técnico expressivo na área de salvamento aquático”. Esse é um uso comum e pouco conhecido da câmara hiperbárica. Aqui em Campinas, nós da Hypermed fazemos periodicamente testes seletivos para a área de mergulho do corpo de bombeiros, possibilitando avaliar, de forma segura, a saúde do profissional ao se expor a pressões aumentadas.

Com essa aquisição, o corpo de bombeiros de Santa Catarina se torna um exemplo que, esperamos, seja seguido por outros estados. Esse equipamento pode ser decisivo no salvamento de vítimas em um incêndio de grande porte, como foi na boate Kiss, no Rio Grande do Sul. Não havia câmara hiperbárica na cidade, mas se houvesse, diversas pessoas intoxicadas poderiam ter sido salvas com uma submissão imediata ao tratamento.

 

 

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