Estudiosos de diversos departamentos de medicina de Israel realizaram um estudo para compreender melhor os efeitos que a Oxigenoterapia Hiperbárica (OHB) tem no quadro de Fibromialgia.
Segundo os próprios autores, a síndrome da fibromialgia (SFM) é um distúrbio persistente e debilitante, que prejudica a qualidade de vida e atinge de 2 a 4% da população, ocorrendo mais em mulheres, sendo que a cada 10 casos, 9 ocorrem com mulheres e 1 com homem. A SFM sensibiliza o sistema nervoso central e está associada a atividade cerebral anormal. Os principais sintomas incluem dor crônica generalizada, alodinia e sensibilidade difusa, além de fadiga e distúrbios do sono. A síndrome é ilusória e refratária.
Para realizar esse estudo, os autores dividiram em grupos pacientes que apresentava o quadro estudado. Em um dos grupos, os pacientes foram tratados com OHB e avaliados antes e depois do tratamento. Outro grupo, os pacientes foram tratados inicialmente sem a OHB e apenas posteriormente fizeram o tratamento. Estes do segundo grupo foram avaliados três vezes, no início, depois do tratamento sem OHB e depois do tratamento com OHB. Os autores deixam bastante explícito que as avaliações consistiram no exame físico, incluindo contagem de pontos sensíveis e limiar de dor, avaliação extensa da qualidade de vida e imagens por tomografia computadorizada de emissão de fóton único (SPECT) para avaliação da atividade cerebral.
Com relação ao tratamento de OHB, o protocolo que foi seguido compreendia um total de 40 sessões, que ocorriam 5 dias na semana, durante 90 minutos, com inalação de 100% de oxigênio no 2ATA.
Os resultados são bastante significativos. Nas palavras dos próprios autores: “A OHB em ambos os grupos levou a uma melhora significativa de todos os sintomas da SFM, com melhora significativa na qualidade de vida. A análise da imagem SPECT revelou retificação da atividade cerebral anormal: diminuição da hiperatividade principalmente na região posterior e elevação da atividade reduzida principalmente nas áreas frontais”.
Você pode ler o estudo completo clicando aqui: https://journals.plos.org/plosone/article/authors?id=10.1371/journal.pone.0127012