Author Archives: Priscilla Figueiredo

Campeão de tênis usa OHB durante campeonato

O atleta de tênis Sérvio, Novak Djokovic, ganhou o título de campeão mundial em Wimbledon. Mas, no fim de 2019, vinha sofrendo de dores intensas no ombro esquerdo devido a uma lesão no local e isso, é claro, estava afetando seu desempenho nos jogos.

O atleta de 32 anos estava utilizando a oxigenoterapia hiperbárica para se recuperar mais rapidamente da lesão em questão. Porém, não queria perder sua participação na competição US Open. Por isso ele resolveu levar sua própria câmara hiperbárica ao local. Ele acomodou o equipamento em um caminhão, como é comum que façam corpos de bombeiro, por exemplo. Já falamos sobre isso aqui nesse outro post. Esse caminhão ficou estacionado perto do estádio e ele realizada o tratamento de OHB diariamente, mesmo em dias de jogo. Isso porque o tratamento não tem nenhuma contra indicação da WADA (Agência Mundial Antidoping).

Estudo diz que OHB pode melhorar a função cardíaca em idosos saudáveis

A oxigenoterapia hiperbárica (OHB) pode melhorar a funcionalidade do coração em seres humanos saudáveis, de acordo com um estudo do Centro Sagol de Medicina Hiperbárica e Pesquisa no Shamir Medical Center em Be’er Ya’acov.

O estudo foi realizado em 31 pacientes submetidos a um curso de tratamento de 60 sessões. Liderado por Marina Leitman, Shmuel Fuchs, Amir Hadanny, Zvi Vered e Efrati, foi publicado no International Journal of Cardiovascular Imaging.

Segundo os autores, o estudo da OHB para função cardíaca tem sido limitado, avaliando principalmente pacientes durante e após exposições de curto prazo. No entanto, pela primeira vez, o estudo foi realizado em seres humanos e demonstrou que protocolos repetidos de OHB têm um efeito sustentado na função cardíaca.

Pacientes saudáveis ​​que receberam OHB para melhorar a função cognitiva foram submetidos a um curso de tratamento de 60 sessões. Usando um ecocardiograma de alta resolução, 31 pacientes foram avaliados antes da OHB e três semanas após o tratamento concluído para identificar o efeito sustentado do tratamento.

Efrati disse que, durante os primeiros estudos, eles avaliaram os efeitos benéficos da OHB no tratamento de lesões cerebrais traumáticas e derrames. “No entanto, neste estudo, avaliamos pela primeira vez o efeito desses novos protocolos regenerativos de OHB no coração que envelhece normalmente. Pela primeira vez em humanos, demonstramos que a OHB pode melhorar a função cardíaca.”

Juntamente com o envelhecimento normal, normalmente há uma diminuição na função cardíaca – particularmente nas células mitocondriais do coração, disse Efrati.

“As mitocôndrias são a ‘casa de força’ da célula e é aqui que criamos energia”, disse ele. “A capacidade da OHB de melhorar a função mitocondrial pode explicar os efeitos benéficos que vimos na função cardíaca dessa população envelhecida normal”.

Ao expor as mitocôndrias às flutuações de oxigênio pelo uso da OHB, a equipe observou “uma melhoria na função de contratilidade do coração – ou seja, o músculo cardíaco contraiu mais eficiência ao longo do protocolo de 60 sessões”.

Efrati disse que o efeito foi particularmente evidente no ventrículo esquerdo, que é a câmara responsável por bombear sangue oxigenado para o resto do corpo.

“Este é apenas o começo do nosso entendimento do impacto da OHB na função cardíaca em uma população que envelhece normalmente, e uma análise maior e mais diversificada será necessária para avaliar ainda mais nossos achados iniciais”, disse ele.

 

 

Fonte

OHB como aliada em complicações de cirurgias de vias aéreas

Um estudo realizado pelos autores Tapias LF, Wright CD, Lanuti M, Muniappan A, Deschler D, Mathisen DJ. Foi publicado no PubMed no mês passado, janeiro de 2020.

O estudo, intitulado, em tradução livre, “Oxigenoterapia hiperbárica na prevenção e tratamento de complicações anastomóticas traqueais e esofágicas”, tinha como objetivo investigar se a oxigenoterapia hiperbárica era uma aliada para resgatar anastomoses de risco ou gerenciar falhas anastomóticas em cirurgia torácica.

Para isso, os autores estudaram o caso de 25 pacientes que receberam OHB como parte do tratamento de problemas anastomóticos traqueais ou esofágicos, durante os anos de 2007 a 2018. A OHB foi administrada a 2 atm com oxigênio a 100% em sessões de 90 minutos. Como o protocolo.

Os pacientes receberam uma média de 10 sessões. E os resultados foram bastante positivos. Dos casos de anastomose das vias aéreas, 20 dos 23 pacientes foram curados (87%). No geral, um resultado satisfatório a longo prazo das vias aéreas foi alcançado em 19 pacientes (83%). Outros 4 pacientes falharam e necessitaram de reoperação. A OHB foi utilizada em 2 pacientes após a esofagectomia para gerenciar necrose focal ou isquemia na anastomose, com sucesso em 1 paciente.

Com relação a complicações, os autores falam que foram pouco frequentes, se limitando a desconfortos no ouvido.

Com isso, eles concluíram que a “OHB deve ser considerada um complemento no tratamento de problemas anastomóticos após a cirurgia das vias aéreas. Também pode desempenhar um papel após a esofagectomia. Possíveis mecanismos de ação são granulação rápida, reepitelização precoce e angiogênese”.

 

Referência:

Tapias LF, Wright CD, Lanuti M, Muniappan A, Deschler D, Mathisen DJ. Hyperbaric oxygen therapy in the prevention and management of tracheal and oesophageal anastomotic complications [published online ahead of print, 2020 Jan 13]. Eur J Cardiothorac Surg. 2020;ezz364. doi:10.1093/ejcts/ezz364

Oxigenoterapia Hiperbárica em complicações de anastomoses

Há poucos dias, o Dr. Caio Cesar Bianchini de Castro publicou no Portal PebMed um artigo intitulado “Oxigenoterapia hiperbárica na prevenção e manejo de complicações de anastomoses”.

No inicio da matéria, ele pontua que “Uma das complicações mais temidas e devastadoras em cirurgia das vias aéreas são aquelas referentes às anastomoses, com uma incidência média na literatura de ~9%.” Sobre o tratamento, “quando nos referimos às complicações anastomóticas esofágicas, sua ocorrência chega a 3.9% em alguns centros. Em ambos os casos, o tratamento instituído pode variar desde medidas não operatórias a intervenção cirúrgica de urgência, visto que estão associados a grande morbimortalidade se manejados inadequadamente”.

Assim, ele fala da oxigenoterapia hiperbárica, a forma como ela atua e cita ainda que “pode atuar sobre os tecidos lesionados por mecanismos diretos ao corrigir a hipoxemia local, promover atividade antimicrobiana, atenuação de efeitos mediados por fatores induzidos por hipóxia (HIF); ou por mecanismos secundários ao reduzir a formação de espécies reativas de oxigênio, aumentar a atividade fibroblástica, promover vasoconstrição e angiogênese e, por fim, subjugando a resposta inflamatória local”. Mostrando, assim, os ótimos efeitos de tal terapia.

Em seguida, Caio cita um estudo realizado por Tapias LF et cols. do Massachusetts General Hospital (Boston, USA), que fala sobre a experiência com o uso de OTHB na prevenção/tratamento de complicações anastomóticas em cirurgia traqueal e possíveis aplicações na cirurgia esofágica.

Nesse estudo, houve um ótimo resultado de cicatrização adequada em 20 casos (87%), sem desenvolvimento estenose clinicamente significativa. Sendo que a complicação mais relatada foi desconforto nos ouvidos além de claustrofobia. Porém, sem efeitos colaterais maiores.

O estudo cita a importância da avaliação de cada caso, verificando se o paciente se encontra em condição de realizar o tratamento, visto que não pode estar em alto risco, com necessidade de intervenções imediatas. Isso porque em caso de necessidade imediata de abordagem das vias aéreas, o tempo de descompressão pode ser um complicador (mesmo podendo ser realizado em questão de 2 minutos). Portanto, é sempre importante a indicação certeira de um profissional da saúde.

Por fim, os estudiosos concluíram que a “OTHB pode auxiliar nos quadros de deiscência parcial e necrose anastomóticas em cirurgias traqueais e laringotraqueais como opção adjuvante ao tratamento não operatório, evitando reoperações em pacientes selecionados, bem como traqueostomias/tubos T”.

Você pode ler a matéria completa clicando aqui.

Matéria sobre Oxigenoterapia Hiperbárica

Recentemente saiu uma matéria na TV Sergipe falando sobre oxigenoterapia hiperbárica durante o programa Bom Dia Sergipe.

A matéria fala de forma simples sobre o funcionamento, as indicações e eficácia. O vídeo é rápido, tem menos de 4 minutos e você pode assisti-lo clicando no link abaixo:

http://g1.globo.com/se/sergipe/bom-dia-sergipe/videos/t/edicoes/v/tecnologia-vem-ajudando-no-tratamento-de-feridas/6551783/